terça-feira, 28 de agosto de 2012

Hoje


Quero escrever na pele o que tenho, o que sinto.
Marcar no corpo o que jorra pelos poros, o que força de dentro pra fora, o que exige ser dito.
Quero dizer quem sou, quem estou. Hoje, agora.
Ontem fui outra, amanhã serei outra.
Quero passar, quebrar, romper minhas fronteiras, céus, ir além do mar.
Quero suportar, ficar leve, voar. E depois do salto, no ponto mais alto, me salvar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Minha casa sou eu. Não tenho lugar, ou tenho todos. Faço meu qualquer onde. Onde estou, onde sonho, onde deito, onde amo, onde sinto. Por isso sei mudar, ser daqui e ser de lá. Procuro identificação, invento, encontro. Reconheço-me. Em tudo há algo de mim. E, assim, é fácil dizer adeus, trocar de chão, de céu, de horizonte. Outros sentimentos nascem, outras sensações pulsam. E eu ainda lá dentro, sempre, na minha casa de mim.