terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sempre.
Mais potência do que tempo. 
Pode ser um agora que, mesmo sabendo-se momento, seja sem fim.

domingo, 23 de agosto de 2015

Quando a vida chega e diz: "Quer um tempo?".
Pra pensar, pra sentir, pra olhar. Ao redor, dentro, fora.
Com calma, sem medo. Não, com um pouco de medo.
Um tempo pra não precisar, pra deixar fluir, pra esquecer. Devagar.
Uma pausa, um hiato, reticências... Logo tudo acelera de novo, logo não vai dar pra parar, não vai lembrar de esquecer. 
Um tempo pra inventar novos caminhos, seguir por ali, voltar. Um tempo pra olhar pela janela, pra ser passageiro antes de guiar - de novo. Um tempo pra ter tempo, pra ser livre, pra ter sorte. Um tempo pro bom acaso, pra deixar acontecer, pro que não estava escrito. Um tempo pros agoras. Um tempo antes do outro tempo. 
É presente, é tempo presente. E então, depois, a vida chega e diz: “Agora vai, continua.”

sábado, 23 de agosto de 2014

Não que seja só fácil, leve, riso, vento.
Não que seja livre a estrada, reta, firme o chão.
Não que seja simples deixar, sentir, ser só o momento.
Não que seja curto o caminho, que não encontre solidão.

Não que seja sempre belo, sempre verdade, certeza.
Não que pare de faltar, sei lá o quê, não que pare de arder.
Não que seja sem medo, aperto, estranheza.
Não que seja sem fim, não que dê pra esquecer.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fiz caminho na coragem,
segui estrela,
virei viagem.
Nos limites da vida, sempre a me jogar,
me vi abismo 
e aprendi a voar.

terça-feira, 22 de outubro de 2013


A vida é batente, é busca. É o exercício do não desistir, do lutar, do seguir. É hipótese, ideia, loucura e sonho. É estar, é mudar, é sentir. É realidade, talvez inventada. É escolher, decidir. E é também aceitar, não poder. A vida é prisão, cada um dentro de si. É curta, o passado é sempre perto e o futuro é logo ali. É medo, desejo, alegria, dor. É novidade e é clichê, como o que escrevo aqui. É qualquer coisa que não sei dizer. É um mundo de não saber e, no escuro, descobrir.

sábado, 14 de setembro de 2013

Por um hoje que me sempre.
Por um pouco que me tanto.
Por um passo que me mundo.
Sigo.
E se eu inventar uma porta?
E se eu abrir?
E se eu esquecer que inventei?
Saio por aí. Inventada.