sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fiz caminho na coragem,
segui estrela,
virei viagem.
Nos limites da vida, sempre a me jogar,
me vi abismo 
e aprendi a voar.

terça-feira, 22 de outubro de 2013


A vida é batente, é busca. É o exercício do não desistir, do lutar, do seguir. É hipótese, ideia, loucura e sonho. É estar, é mudar, é sentir. É realidade, talvez inventada. É escolher, decidir. E é também aceitar, não poder. A vida é prisão, cada um dentro de si. É curta, o passado é sempre perto e o futuro é logo ali. É medo, desejo, alegria, dor. É novidade e é clichê, como o que escrevo aqui. É qualquer coisa que não sei dizer. É um mundo de não saber e, no escuro, descobrir.

sábado, 14 de setembro de 2013

Por um hoje que me sempre.
Por um pouco que me tanto.
Por um passo que me mundo.
Sigo.
E se eu inventar uma porta?
E se eu abrir?
E se eu esquecer que inventei?
Saio por aí. Inventada.

terça-feira, 5 de março de 2013


Acho mais do que sei. Duvido.
Penso mais do que falo – e falo demais.
Uso quase, quase sempre.
Tento entender. Escrevo.
Troco choro por canto. Esqueço.
Tenho medo do escuro, abro os olhos.
E a cada fantasma, finjo que não vejo.
Se voo, mãos dadas – sou chão.
Gosto de gente e de festa, de vozes e vinho. Desfoco.
Driblo as manias, pequenas loucuras. Disfarço.
Acredito antes de perguntar. Confio no olhar.
E amo como se fosse fácil, como se houvesse volta – amor é caminho só de ida. 
Digo-me criança – porque sou.
Digo-os crianças – porque são.
Um dia – talvez longe, talvez nunca –, talvez cresçamos.
E espero saber mais, falar menos, pensar sem pressa, dançar no breu.
Dançar com os monstros.