quinta-feira, 29 de março de 2012

Elizabeth


Nas imagens da casa onde nasci, lembrança, vejo minha irmã lendo num canto do quarto. Sempre, todo dia. Era assim. Livros empilhados por todos os lados. Tudo parecia meio bagunçado, meio sujo, mas era bonito. Ela sempre foi corajosa, e eu, criança, chamava de loucura a ousadia, a cabeça em pé diante do mundo, as roupas diferentes, as palavras fortes, os amigos excêntricos. Eu achava graça e tinha um pouco de vergonha por ela não ter nenhuma. Hoje, tempos e tempos passados, não sou mais aquela criança, embora seja. E, admirando o que antes me fazia corar, percebo que busquei, em muito de mim, ser igual a ela.

3 comentários:

  1. Coia mais linda, Carol... Coisa mais verdadeira, Carol... Beijo de amor!

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  2. Dri, acho que ela nem viu isso, sabia? Disse por e-mail um dia desses que tinha escrito algo, que ela olhasse no Face ou aqui, mas acho que ainda não viu :). Brigada, amorzita. Beijo de amor e saudade.

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  3. Eita, Carolita... só agora vi esse... e lembro tanto dessa moça lendo, lembro tanto de você pequena. Lembro tanto.

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