Começou
a despir-se. Primeiro tirou os medos – pesados, difíceis de carregar.
Depois foi descolando a ansiedade, que, pegajosa, acostumada demais a
ser parte, sai aos poucos. Saiu. Viu que alguns preconceitos insistiam
em ficar e arrancou-os à força. Livrou-se ainda da maioria das certezas,
de alguma arrogância também. Picou em vários pedaços assimétricos todas
as obsessões, manias. Soltou os freios. Jogou-se no vento, leve, livre.
Virou borboleta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário